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Sem envolvimento das pessoas não há transformação digital


O tripé ‘pessoas, processos e tecnologia’ se mostra cada vez mais necessário na transformação digital. Ao discutir o digital como modelo de gestão, em painel durante o Telco Transformation Latam, evento da Conecta Latam realizado dias 18 e 19/09 no Rio de Janeiro, executivos da TIM, Organização Globo e da Algar Telecom concordaram que engajar os colaboradores é fundamental para o sucesso do projeto.


Para envolver os colaboradores na transformação digital, engajar o departamento de recursos humanos é fundamental. Na Algar Telecom, conforme contou Eduarda Moura Melo, líder de transformação do negócio na Algar Telecom, o primeiro passo foi a mudança na estrutura de RH e de gestão de mudança (GMO). “O core do digital é analógico, porque é feito de pessoas que são analógicas”, completou Bruno Martins, Diretor de TI da TV Globo.


Entre os desafios, os painelistas apontaram a cultura organizacional, sinalizando que estratégias bem-sucedidas permeiam a companhia e têm processos pensados para o digital. “Tem de pensar grande, começar pequeno e testar”, disse Eduarda Melo. Na Globo, uma área de inovação funciona como laboratório focado em desenvolver ideias. “A missão de inovar não deve apenas estar neste grupo; criamos uma cultura de inovação habilitadora a todo o grupo”, apontou. Fazer parcerias com startups também está no radar.


Com relação ao processo de transformação, Auana Mattar Lima, diretora na TIM para digital, analytics e soluções de inteligência artificial, destacou o impacto que a entrada das OTTs teve nas operadoras, a partir de 2010, obrigando as telcos a passar tanto pela revisão do portfólio como pela experiência do cliente. “Saímos da perspectiva de produto e fomos para cliente, pensando em jornadas digitais. Para isto, precisamos revisar o mindset das pessoas, porque o processo de transformação digital é humano”, explicou.


A Algar também está nesta jornada. Em 2015, a telco passou a diretoria específica em transformação digital e 2019 mudou a estrutura para olhar de forma completa a jornada digital. Foram criados um instituto de ciência e tecnologia com foco em fomentar a inovação e novos modelo de negócios e a Estação Algar, uma organização dentro da companhia que tem squads dedicados a fazer a transformação digital e aplicar modelos de trabalho mais ágeis.


Diante da entrada de novos players chegando ao Brasil e ofertando serviços ligados a consumo de mídia, a Globo refletiu sobre seu DNA e chegou à conclusão de que deveria virar “mediatech”. Martins explicou que em uma companhia tecnológica de mídia existe uma simbiose da experiência digital com o conteúdo, sem diferenciação entre eles. A digitalização na Globo começou há cinco anos pelos processos internos da TV. Depois de fazer na parte back-end, agora o foco está em escalar para os demais temas core da indústria de mídia.




por Roberta Prescott




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