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Telecom Argentina se prepara para era da telco cloud


Diante de uma mudança de paradigma da indústria, a Telecom Argentina se viu obrigada a fazer adaptações para o “novo mundo” e começou um processo para se tornar uma “Telco Cloud”.


Em apresentação no Telco Transformation Latam, evento da Conecta Latam realizado dias 18 e 19/09 no Rio de Janeiro, Javier Ger, gerente de estratégia de infraestrutura, e Nicolás Martín Bonillo, arquiteto de infraestrutura na nuvem, ambos da Telecom Argentina, explicaram como se deu a mudança.


“Com o aumento exponencial do tráfego e a estabilização do faturamento, era ou se adaptar ou desaparecer. Precisávamos evoluir a rede para ela ficar pronta para o futuro na direção de 5G”, ressaltou Nicolás Martín Bonillo. A ida para uma arquitetura de software, com maior automatização, foi baseada em três pilares: pessoas, processos e tecnologia.


O objetivo, segundo o arquiteto, foi usar a computação em nuvem para suportar cargas de trabalho que provém dos silos de TI e negócios corporativos para alcançar um gerenciamento fim a fim dos produtos e serviços. “Não é só virtualizar, é ter uma capa para gerenciar o ciclo de vida. Automatizar é um meio — não um fim — e quem define o fim a fim é a orquestração”, disse Bonillo.


Entre os desafios, Javier Ger apontou o nível de desagregação para cada prestadora de serviços de comunicação, a complexa integração, o ecossistema de parceiros, os modelos de licença e gerenciamento e a transição dos fornecedores para o mundo do software. O nível de desagregação visa a melhorar o ciclo de inovação, entregando otimização de custo e maior flexibilidade. “Na linha do time to market, a desagregação é algo que queremos”, sinalizou Ger.


Neste processo, a Telecom Argentina definiu a nova arquitetura de rede, como core e backbone, níveis de datacenter – fundamental para telco cloud, agregação e acesso; depois passou para a definição do framework para telco cloud. Agora, a operadora está agora fazendo as provas de conceito (PoC) para a validação.


A PoC foi feita com vários fornecedores e em múltiplos sites e em três fases: da infraestrutura para orquestração, no segundo nível de SDN e domain orchestration. “Não temos opção: é fazer ou desaparecer. Temos de vender produtos, serviços e experiência de usuário e não infraestrutura. Estamos preparando a Telecom Argentina para os desafios do futuro e para 5G como sendo motor dinâmico que vai permitir tudo isto, porque 5G não é tecnologia de acesso, mas, sim, um ecossistema completo”, ressaltou Ger.




por Roberta Prescott




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