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5G, Open Ran e IoT elevam capacidade de transformação das empresas e melhoram experiência do usuário

Por: Roberta Prescott


A evolução do digital, a ampliação da capacidade de transmissão de dados com o uso de 5G, de internet das coisas e da realidade aumentada têm o poder de transformar setores inteiros. Apesar de as redes 5G ainda estarem incipientes, com os primeiros lançamentos sendo feitos, empresas já se aproveitam da união de tecnologias e apontam para como será o futuro.


O painel “5G, Open Ran, IoT e realidade aumentada para melhorar os processos em verticais”, no Telco Transformation Latam 2022, debateu justamente isso com a participação de Augusto Nellessen, superintendente de TI do Itaú Unibanco; Cristiano Moreira, gerente de produtos da Embratel; e Marco Bego, CIO no InovaHC, o núcleo de inovação tecnológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).


O Itaú, por exemplo, está migrando as redes fixas de suas agências para redes móveis. O projeto iniciou com a adoção de 3G e 4G para melhorar a disponibilidade dos pontos de serviços. “Houve uma melhora de forma assustadora e o custo caiu, porque tínhamos de ter menos links e menos contingência. Hoje, estamos com quase metade dos pontos de venda rodando com redes móveis”, disse Augusto Nellessen.


Atualmente, Nellessen disse que o banco está em franca expansão de redes 5G. Ele aposta que a tecnologia trará benefícios e novas experiências para os clientes. “Quem se dispõe a ir a uma agência é porque precisa. Estamos pilotando 5G e, para a gente, a latência não é o essencial, mas a simetria é, para permitir vídeo, porque a disponibilidade de rede, pela nossa experiência, é a mesma em 3G e 4G”, detalhou. O superintendente de TI também adiantou que o Itaú Unibanco vai construir uma rede interna.


A ideia, disse o superintendente, é implantar projetos de realidade ampliada para caixas e agências. “Estamos avaliando, mas ainda depende do aparelho do usuário; temos barreiras a serem vencidas”, sinalizou Nellessen.


Na área de saúde, Marco Bego avaliou que a pandemia foi um marco de transformação para os hospitais, rompendo barreiras. “A área de saúde se transformou e a conectividade foi a alavanca para outros serviços que hospital tem de prover”, disse o CIO do InovaHC. Para ele, a chegada de 5G vai dar a possibilidade de mudar muita coisa, de fazer diferente. “A gente precisava se transformar para poder competir”, justificou.


O InovaHC está com a Claro em dois projetos. Um é na transmissão de informações da área cirúrgica e outro é o consórcio Open Ran com vários outros parceiros para testar rede privada. “Mapeamos casos de uso e criamos projetos com cada um rodando em uma tecnologia para vermos. Vamos aumentando a proposição e, à medida que terminamos, mostramos e avaliamos o que funcionou, o que nem tanto, o que é transformador”, contou Bego.


Um dos projetos usa Open Ran para possibilitar que exames de ultrassom sejam feitos remotamente. Nestes caso, assinalou o CIO, a latência é muito importante. E uma curiosidade: o provedor de nuvem é o Itaú. Bego apontou que ainda há problemas de vácuo regulatório que devem ser resolvidos e disse que a ideia tem sido trabalhar nas aplicações. A Claro também é parceira no projeto.

“O banco tem de ser mais que banco; nossos grandes concorrentes talvez não sejam bancos, sejam empresas de tecnologias”, disse Augusto Nellessen. “Quando decidimos entrar no projeto de Open Ran avaliamos se conseguiríamos entregar a latência que o InovaHC precisava e pensamos que, se conseguirmos entregar isso, conseguimos entregar outras coisas. Sabemos rodar datacenter”, pontuou o superintendente de TI do Itaú Unibanco, banco que está em processo de levar seus workloads para nuvem.


Cristiano Moreira, gerente de produtos da Embratel, ressaltou que os grandes casos de uso e projetos transformadores com 5G vem de aplicações corporativas. “IoT é 5G e é o B2B que alavanca o 5G”, resumiu.




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